Para Onde o Vento Me Levar... Vou VOANDO...
Quarta-feira, 28 de Fevereiro de 2007
So Long and Goodnight...

Descobri há relativamente pouco tempo os "My Chemical Romance" e dei por mim a adorar esta música "Helena"... Este é capaz de ser o videoclip mais estranho e um pouco sinistro que já vi, mas a letra é linda... partilho com todos...

What's the worst that I can say?

Things are better if I stay

So long and goodnight

so long and goodnight... 


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pautas: Helena
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Sangrado por Vlada às 14:51
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Segunda-feira, 26 de Fevereiro de 2007
Nu vorbesca romaneasca, part II

Hoje faz, oficialmente, duas semanas que cheguei a um dos mais novos países da UE, a Roménia. E como já aqui foi referido eu NÃO FALO ROMENO!

Antes de sair de Portugal disseram-me que eu até passava por romena... e eu espantada perguntava "a sério?"; no primeiro fim-de-semana aqui conheci um casal de romenos muito simpático, a Andrea e o Costin. A Andreea disse-me que eu parecia portuguesa e eu acreditei, afinal ela é romena e vive na roménia desde que nasceu...

Mas algo põe à prova esta certeza... é que em duas semanas já fui abordada 4 vezes na rua.

Da primeira vez caminhava eu para o metro, absorta em vagos pensamentos, quando oiço um palrar atrás de mim, olho para o lado e está uma sra animadamente a falar comigo, provavelmente a pedir ajuda pois ela tinha um cartão na mão. Quando lhe disse "sorry I don't speak romanian" a sra começou a rir e continuou a falar animadamente e eu  sem perceber um puto do que ela estava a dizer; por fim lá se foi embora e entrou na loja mais próxima.

Da segunda vez estava na fila para o almoço, à espera de uma foccacio com pesto, tomate e rosti, quando a rapariga atrás de mim começa a falar comigo,  eu olho para ela e digo "nu vorbesca romaneasca! Only english!" ela responde com um "oh!" e vai para a fila do pré-pagamento.

Da terceira vez estou na plataforma do metro, a assoar-me (ultimamente o meu desporto favorito, só superado pelo sobe/desce de escadas) quando uma sra se dirige a mim "scuzati-ma" e continua a falar, no meio das palavras todas que ela disse só percebi "metro" e "calea victoriei", "ok" pensei eu para o meu lenço de assoar "ela quer saber se está no local certo para ir ter à piatta victoriei" e pergunto-lhe "piata victoriei?" e ela "da"... mais umas tantas palavras que não entendi (mas que provavelmente significavam "enganei-me eu quero ir para a piatta victoriei e disse calea victoriei, mas é aqui?) e eu respondi no meu mais básico e medíocre romeno... "piata victoriei da!"  e apontei para a plataforma. E, mais uma vez a sra deu para falar animadamente comigo, aí tive que olhar para ela e dizer "nu vorbesca romanesca!" e ela disse mais qualquer coisa que eu não entendi...  nem faço a mais pálida ideia do que possa ter significado.

A última vez que se dirigiram a mim foi no sábado de tarde... estava um frio do caneco apesar do sol que espreitava pelas nuvens... já não sentia o meu nariz há algum tempo e caminhava alegremente em direcção ao médio-mercado a observar os inúmeros quiosques espalhados pelas ruas de Bucareste... quando uma rapariga super-agasalhada me vê e começa a andar na minha direcção... a capa com folhas que ela trazia numa das mãos e a caneta que estava na outra mão denunciaram o objectivo em mente... inquérito... Ela começa a falar comigo e assim que posso respondo-lhe "sorry, I don't speak romanian!"; "you are not from Romania?", "no, I'm sorry!", encolhemos os ombros e cada uma continuou na sua vidinha.

 

E isto leva-me a pensar... pareço romena ou portuguesa?

E mais... ninguém nota no meu ar aparvalhado e desorientado?


espelho-me: Com uma crise de identidade
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Sangrado por Vlada às 19:10
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Sexta-feira, 23 de Fevereiro de 2007
Nu vorbesca romaneasca!

(tradução: não falo romeno)

A língua romena tem origem latina e influência dos países vizinhos, Rússia, Ucrânia e até Bulgária. Quando eles falam depressa (o que acontece a maioria das vezes) não se percebe nada, ou melhor EU não percebo nada . Só uns "da", uns "nu" e os "pa pa". E nem toda a gente fala inglês!

Por isso imaginem o meu esforço para comunicar.

Eu já sabia que a casa não tinha roupa de cama e também eram precisas toalhas e mais algumas coisinhas por isso decidi ir às compras no Obor Market, que fica no fundo da Calea Mosilor (rua onde moro).

No Obor Market vende-se de tudo... por dentro é como uma feira... daquelas que ocorrem uma vez por mês nas terrinhas espalhadas por Portugal ou como a mui conhecida FIC (Feira Internacional de Carcavelos), mas em vez de toldos as bancas estão espalhadas por baixo do tecto dum edificio, ocupando 2 andares!

Encontrei de tudo neste mercado, desde roupas, passando por tapetes e cortinas acabando nos sapatos, bancas de loiças e bancas de carimbos e material de escritório/escola, bancas a vender toalhas, lençóis, almofadas, edredons e bancas a vender material eléctrico, electrónico e ferragens...

Só visitei o 1º andar de tão atordoada que estava no meio de tanta banca...  Finalmente vi uns lençóis de que gostei... agora vem a parte mais dificil... eu não falo romeno, a sra não fala inglês... bem-vinda à linguagem mundial dos gestos. Apontei para o lençol, apontei para os olhos e a sra compreendeu, mostrou-me todos os conjuntos que tinha até eu me decidir por um, apontar e dizer "da!". Prueba superada!!

Depois foi a vez das toalhas, mais uma vez por gestos... apontava as tolhas, apontava para os olhos, apontava as cores que queria, e trouxe comigo toalhas, panos de loiça e um conjunto de 6 chávenas para café (brigada mãe pela máquina do café!!).

(os meus novos lençóis)

O pior veio depois, precisava de um isqueiro para o fogão, não tinha fósforos e não os tinha encontrado no médio-mercado! Resolvi perguntar a uma sra que empilhava tomadas numa prateleira, não falava inglês, as pessoas da banca da frente não falavam inglês, o segurança não falava inglês, e então chamaram uma sra que se chegou perto de mim e perguntou "what do you want?" e eu repondi logo "matches, lighter" e ela "why?" e eu "to cook!!". Para que outra função eu iria querer um isqueiro de fogão?!?

A senhora traduziu para o segurança e para todas as pessoas das bancas envolventes, discutiram onde poderia comprar e depois o segurança levou-me à banca em questão. Chegou lá, falou com o sr, explicou-lhe o que eu queria, sorriu-me como quem diz "está entregue e já leva o seu isqueirozinho!" e eu agradeci em romeno (uma das poucas palavras que sei dizer!). Comuniquei com o sr da banca numa mescla de gestos e de inglês, ele mostrou-me que o dito objecto funcionava e eu comprei-o. Agradeci em romeno e pensei, já um pouco esgotada, vou para casa fazer a cama!

E fui...


espelho-me: num comprendô!
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Sangrado por Vlada às 18:27
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Quinta-feira, 22 de Fevereiro de 2007
The office...

Sinónimos:

  • móvel para guardar papéis que, geralmente, tem uma tampa sobre a qual se escreve;
  • série britânica de humor cáustico que inclui um chefe incompetente e estúpido e um leque de trabalhadores meio aparvalhados, excelente para dar umas gargalhadas!
  • local de trabalho, oficina, gabinete onde profissionais (ou não) desempenham as mais variadas funções
  • neste caso em particular: local situado em Bucareste com vista para uma série de prédios iguais, onde passo os dias da semana, onde trabalho e tento realizar algo.

     

                    A entrada do edificio                                                 Uma geral da sala onde trabalho

 

O meu spot!

 

 A vista do escritório (da janela ao meu lado)

 


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Sangrado por Vlada às 17:48
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A casa...

Depois de ter conhecido o trânsito caótico de Bucareste ao anoitecer, chego a casa.

Já ia com expectativas baixas devido à parca explicação do meu colega de casa... cozinha picolla e sala maior... quartos pequenos... e áreas?

Chego a casa... seis andares num elevador cinzento e temperamental e mais dois lances de escadas.

1º vislumbre: cozinha, pequena mas agradável e com espaço (agora mais, uma vez que mudamos a mesa para a sala).

2º vislumbre: hall de entrada onde descansa a tábua de engomar e que dá para o meu quarto.

3º vislumbre: quarto  com cama, roupeiro (cujas portas fecham mal e já me pregaram alguns sustos ao abrirem sozinhas) e radiador (aparelho deveras importante para o conforto do lar).

4º vislumbre: sala  móvel porreiro para arrumação, sofás confortáveis, tv à espera de ser ligada e vaso horrível com uns espetos coloridos roxo-azulados a espreitarem...

5º vislumbre: quarto do Zé, camas com mesas de cabeceira, roupeiro em melhor estado que o meu.

6º vislumbre: casa-de-banho  nem a consigo descrever... faltam alguns azulejos, alguns inclusive já foram substituídos por outros ainda mais feios! (e de sublinhar que eu gosto de azul) e do resto no coments!



Ainda fui conhecer o médio-mercado da zona antes de começar a arrumar as coisas todas que trouxe comigo, confesso que senti falta da cómoda e das suas gavetinhas todas e das prateleiras da estante onde expunha os livros todos.

E como a necessidade é a mãe das invenções, assim que chegou a mala expedida por carga dei “melhor” cara ao quarto... eis o meu primeiro quarto!

_

        (a mesa de cabeceira aka mala de viagem)            ("gavetas" da roupa e "mesa" de apoio)


espelho-me: penso seriamente em mudar
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Sangrado por Vlada às 08:10
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Terça-feira, 20 de Fevereiro de 2007
E porque não Amesterdão?!?!

BucurLog 01.01.00

Dia 12 de Fevereiro de 2007... o grande (comprido) dia!

Acordei às 4h da manhã com olhos inchados e com a consciência que tinha dormido muito muito pouco e que tudo dentro de mim estava a ponto de começar a tremer, pior sentia-me meio inerte meio atordoada. Não sabia ao certo o que me esperava...

Bem... eram 5h e alguns minutos e estava na fila do check-in...com as minhas duas malas e a mala de mão com o essencial para um dia (não fosse uma das minhas malas ficar noutro país qualquer). O aeroporto quase vazio, pessoas dormiam em cima das malas, as lojas todas fechadas, nem um jornaleco português consegui trazer para matar a saudade.

A primeira metade da viagem fez-se bem, comecei com um ataque de dislexia, li a mini tabuleta dos lugares no avião e sentei-me exactamente na outra ponta à janela! E este era o lugar de um estudante de erasmus a caminho de Edimburgo (ou melhor, de uma cidade universitária perto de Edimburgo) e que conheci através de um iogurte... abençoada a pressão dos aviões que faz com que todas as embalagens comecem a opar! Até Amesterdão tive companhia. Simpático o moço.

Eu queria ficar em Amesterdão... mas nunca me deixariam!

Percebi que estava cada vez mais perto do meu destino na fila para o segundo check-in...só ouvi falar romeno (penso eu), uma língua estranha a que os nossos ouvidos não estão habituados. De repente a ideia revolucionária do Esperanto ganhou todo o sentido na minha cabeça, pois apesar de muito falado o Inglês ainda não é a língua mundial nem a mais falada no mundo.

Depois de tira portátil/guarda portátil, tira frasquinhos/guarda frasquinhos dentro de saquinho de plástico, tira cinto/coloca cinto, mala de mão com tudo lá dentro, finalmente sentei-me no avião e fui o resto da viagem sentada ao lado de um miúdo que dormiu o tempo quase todo numa posição inacreditável e atrás de um rapariga que foi o tempo todo a palrar e eu a tentar dormir.

Chego a Bucareste, 1º  sair do avião, 2º trocar dinheiro no aeroporto (com o pior câmbio possível) para as primeiras instâncias, 3º mostrar passaporte, 4º apanhar as malas, 5º ser interrogada pelo senhor da alfandega "where you from?" "Lisbon!", 6º concentrar-me para driblar todos os taxistas gatunos e chegar aos da fly taxi, 7º ficar  quando oiço o meu nome... era o meu futuro chefe (nome de código pc) que estava à minha espera... e ser apresentada a Bucareste ao anoitecer de dentro de um renault.


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Sangrado por Vlada às 07:33
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Quinta-feira, 1 de Fevereiro de 2007
CowParade

Até os mais distraídos se aperceberam que na Primavera e Verão de 2006 um estranho fenómeno percorreu as colinas, ruas e avenidas de Lisboa... Alguém andou a espalhar vacas... e não umas vacas quaisquer, mas sim vacas coloridas, artísticas, algumas vestidas, outras deitadas com pala no olho (tipo Luís de Camões) outras completamente pintadas com motivos alusivos a certas e determinadas marcas...

Pois... afinal tudo fazia parte do maior evento público de arte que existe no mundo, a CowParade.

_

Cowmões                                                          Windows

Os artistas da CowParade são desafiados pelos eventos de arte do seu país, inspiram-se nas influências culturais de cada cidade e recorrem à sua própria interpretação da vaca enquanto objecto.

O melhor da CowParade está no facto de parte do angariado nos leilões ser direccionado para instituições de caridade.

Mas vocês começam a pensar "porque raio ela está a escrever sobre a cowparade??". A resposta é simples, em 2005 as vacas invadiram e coloriram Bucareste.

Aqui vos deixo as mais giras (na minha humilde opinião).

 

Bucowrest,

This cow speaks about the values of the old, interwar Bucharest, values that today, a newspaper as prestigious as Jurnalul National tries to bring back to life, together with the unforgettable ""Little Paris"" air.

  

  

 COWmunicator,

Humanized, sensual, spectacular, Cowmunicator has an anatomic logic and balance. Because of its unusual position and height, and also due to clothes and the accessories, she surprises the viewer, transforming herself into a real character.

 

 

 

 

Delivery Cow,

Flying to its destination this cow defies gravity, breaking away from the black and emerging towards red.

  

 

 

  

 

Sanatate!,

Ignoring gravitation with an amazing sense of humor, this cow encourages good health even hanging a few good meters above the earth.

 

 

 

 

 

Rocowrest,

Rocowrest represents Romania through three symbolic elements: the sky, sunflowers and the map of Romania, with Bucharest highlighted on the map illustrating the location of CowParade Bucharest 2005.

 

                                                          

Para quem quiser ficar a saber mais: http://www.cowparade.com/

 


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Sangrado por Vlada às 11:13
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But life without meaning is the torture Of restlessness and vague desire - It is a boat longing for the sea and yet afraid. By Edgar Lee Masters
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