(Tradução: 4 meses, 3 semanas e 2 dias.)
Este é o título do último filme romeno, que foi premiado em Cannes com a Palma d'Ouro.
A acção de "4 Luni, 3 Saptamini şi 2 Zile" decorre nos últimos dias do Comunismo romeno.
Em poucas palavras: Otilia e Gabita são estudantes e partilham um quarto numa residencia em Bucareste. Gabita está grávida e o aborto já não é permitido, pois segundo Elena Ceausescu, esposa do ditador, quem o fizer ou praticar sofrerá as conseguências mais tarde.
Por esta razão, Otilia e Gabita marcam um encontro com um tal Mr. Bebe num hotel barato, onde ele fará o aborto a Gabita. Mas Mr. Bebe recusa o dinheiro e exige ser pago duma maneira muito especial, em amabilidade (ou géneros dependendo da perspectiva!).
Este é o primeiro duma série de filmes que o director, Cristian Mungiu, quer fazer sobre a vida no regime comunista romeno, que será chamada de "The Golden Age".
Para quem quiser ver o discurso do director, Cristian Mungiu, no momento da entrega da Palme d'Or em Cannes:
http://www.youtube.com/watch?v=fun6nQyLiGs.
A única cena chata é que em plena Roménia o filme não será legendado em inglês, quanto mais em português!!
On the railroad again...
Destiny: Sibiu near the Făgăraş Mountains.
European Capital of Culture 2007
Mais uma vez fiz-me à estrada, ou melhor, ao caminho de ferro com excelente companhia (é suposto mantê-los no anonimato, diz-se que um deles não gosta de fotos... e eu acredito). Pelo caminho passámos pelas belas Făgăraş, por campos verdes lindíssímos, bosques densos e pequenas quintas maravilhosamente inseridas na paisagem.
Nova perspectiva de viagem temporal... Sibiu existe desde os tempos romanos, mais propriamente desde o ano 100 A.C. Rumores contam que a bela cidade é famosa pela sua arquitectura do século XIV.
Sibiu, uma cidade Saxónica, era conhecida como Hermannstadt durante os anos em que a região esteve sob o domínio dos Habsburgs e era a capital da Transilvânia Habsburg. Por esta razão Sibiu é considerada como a cidade mais alemã de todas as cidades na Roménia.
Mal chegamos fomos procurar pelo restaurante medieval que ficava algures numa das várias ruas da zona mais antiga da cidade. Sibiu Vechi. Decorado com artesanato típico, pratos, panos espalhados pelas paredes, pelo tecto e pelas mesas.
Daqui seguimos para o hotel, pousar as tralhas, descansar meia hora e bater pé pela cidade.
O centro nevrálgico da cidade começa nas 3 grandes piaţas Mare (na foto), Mica and Huet, continua com a preservada e recuperada Velha Cidade acabando na pulsante rua comercial exclusiva para pedestres, a Str Nicolae Bălcescu.
Hotest Spots!
Turnul Sfatului
A Piaţa Mare é dominada pela Turnul Sfatului, construída em 1588, que tem uma vista soberba da cidade. Actualmente alberga a casa da cultura...
Espalhadas pelas ruas e nas piaţas encontram-se as casas com as janelas em forma de pálpebra nos telhados, pormenor arquitectónico particular da cidade.
Catedral Evangélica
Linda, vasta, fria e gótica.
No seu interior encontra-se o maior orgão do país e o túmulo do Príncipe Mihnea cel Rau (Mihnea, o mau), filho de Vlad Tepeş.
Podul Minciunilor (Liar's Brigde)
Esta ponte liga a Piaţa Huet à Piaţa Mica, contam as lendas que os amantes encontravam-se sobre a ponte para declarar o seu amor imortal; actualmente diz-se que a ponte cai se alguém contar uma mentira.
Localizado na antiga residência do Conde Samuel Brukenthal – governador Habsburg da Transilvânia, onde se pode apreciar vários quadros pertencentes à colecção Brukenthal, parte da Biblioteca original e vários objectos e mobiliário do século XVIII.
Encontrei, perdido numa das piaţas de Sibiu, o Homem da minha vida!! Ficou assim estático a olhar para mim... e como não falou (por timidez talvez) aquela que podia ser uma bela história de amor nem sequer começou!
Encontramo-nos por ai...
(lê-se buna diminátza)
É o nome do último hit romeno em termos de música.
Toca em todo o lado, a primeira vez que o ouvi foi numa disco apinhada de gente... Quando escrevo em todo o lado, escrevo-o literalmente, a música acompanhou-me a mim e aos meus dois companheiros de viagem, Patrícia e Pedro, até Sibiu.
Começou no comboio, continuou pelas ruas e esquinas de Sibiu e até quando estávamos a regressar a Bucareste.
E não é que a música fica no ouvido, ou melhor, o refrão da música... "buna dimineaţa, te iubesc...", traduzindo "bom dia, eu amo-te"... Devo confessar que estou deveras curiosa em conhecer a tradução desta música...
Esta canção é como que a celebração dos 10 de existência dum trio romeno que nasceu em Braşov e que alcançou o sucesso.
Ladies and Gentleman, with you Hi-Q "Buna dimineaţa"
Foarte tara!!
A minha querida Bela ficou comigo até domingo. Assim, decidimos aproveitar o fim-de-semana para ir até Sighişoara (lê-se Siguichoara), que fica quase no coração da Transilvânia...
Durante o século XII, comerciantes e artesão alemães, conhceidos como os Saxões da Transilvânia, foram convidados para Sandova pelo Rei da Hungria para ali se instalarem e defederem as fronteiras do Reno.
Em 1280, Sighişoara era conhecida pelo nome em Latim Castrum Sex e em 1298 pelo nome Saxão Schespurch resp. Schaesbrich. No ano de 1337 Sighişoara tinha-se tornado numa cidade de Reis!!
A cidade desempenhou um papel estratégico e comercial importante nos limites da Europa Central durante séculos. Sighişoara tornou-se numa das cidades mais importantes da Transilvânia. Os alemães dominavam a economia local e construiram as várias fortificações que protegiam a cidade...
Beautiful Sights
Turnul cu Ceas
Antigamente era a entrada principal da Citadela. Construída em 1556, os seus 64m de altura são hoje o Museu de História.
O relógio data de 1648, é constituído por figuras de 80cm talhadas em madeira que representam uma personagem do panteon Saxão.
Por cima encontram-se sete figuras, cada uma representa um dia da semana.
Scara Acoperitã
Os 172 degraus cobertos por um telhado de madeira, com a módica idade de 365 aninhos, são o percurso temporal para a gótica Biserica din Deal (Igreja na Colina), construída em 1345 no cimo de 429m... Em frente à porta principal fica o Cemitério Alemão, que transmite calma e paz no meio do verde.
Busto de Vlad Tepeş
A magnifica anta deixada pelos anciãos que eu e a Bela encontrámos perdida numa das ruas de Sighişoara.
O sol começou a descer no céu... e depois de passearmos pelas ruas quase todas da Citadela, de entrar nas lojinhas, antiquários e passarmos os olhos pelas várias banquinhas de souvenires e de tentarmos fugir da cantora que ensaiava na Praça principal e que parecia estar a ser empalada em vez de estar a cantar, resolvemos ir jantar... na casa onde supostamente nasceu Vlad Tepeş em 1431 e que hoje é um restaurante.
Decididas e completamente no espiríto da coisa (há quem diga que foi influenciada pelo Dracul) começamos o jantar com um cocktail Bloody Mary, continuando com Galinha à Dracula (eu, porque a Bela resolveu embarcar no bife tártaro!!).
Despedimo-nos de Sighişoara às 8h50 da manhã de domingo, não sem antes tomar o pequeno-almoço no "café" da estação de comboios e de tentar comunicar com a única empregada do sítio que fingiu não nos ver porque não falava outra língua que não o romeno.
Menu: Sandwich calda de şunca şi caşcaval, também conhecida como "sandwich tourist".
Nota mental: nunca mais pedir cappuccino fora de Bucareste, servem uma chávena com a água utilizada para lavar o saco do café instantâneo... com um bocadinho de pseudo-espuma de leite...
Mal consigo esperar para voltar a viajar pela Transilvânia...
I am listening to Istanbul, intent, my eyes closed;
At first there blows a gentle breeze
And the leaves on the trees
Softly flutter or sway;
Out there, far away,
The bells of water carriers incessantly ring;
I am listening to Istanbul, intent, my eyes closed.
I am listening to Istanbul, intent, my eyes closed;
Then suddenly birds fly by,
Flocks of birds, high up, in a hue and cry
While nets are drawn in the fishing grounds
And a woman's feet begin to dabble in the water.
I am listening to Istanbul, intent, my eyes closed.
I am listening to Istanbul, intent, my eyes closed.
The Grand Bazaar is serene and cool,
A hubbub at the hub of the market,
Mosque yards are brimful of pigeons,
At the docks while hammers bang and clang
Spring winds bear the smell of sweat;
I am listening to Istanbul, intent, my eyes closed.
I am listening to Istanbul, intent, my eyes closed;
Still giddy since bygone bacchanals,
A seaside mansion with dingy boathouses is fast asleep,
Amid the din and drone of southern winds, reposed,
I am listening to Istanbul, intent, my eyes closed.
I am listening to Istanbul, intent, my eyes closed.
Now a dainty girl walks by on the sidewalk:
Cusswords, tunes and songs, malapert remarks;
Something falls on the ground out of her hand,
It's a rose I guess.
I am listening to Istanbul, intent, my eyes closed.
I am listening to Istanbul, intent, my eyes closed;
A bird flutters round your skirt;
I know your brow is moist with sweat
And your lips are wet.
A silver moon rises beyond the pine trees:
I can sense it all in your heart's throbbing.
I am listening to Istanbul, intent, my eyes closed.
Orhan Veli Kanık
River, meets the sea
You, the river, that how many dawns break
That flow to my love seas
You a little light, alittle talisman, a little magic
You, the poem that I could not finish for years
Always a rose opens in your hands, pink
You, the breathing of the purest beauty
Your eyes up there in the sky that shines?
Just like a sun rises in the night
Whenever I think of you, how beautiful to live
Into a spring garden, turns, autumn gardens
Even in the darkest darknesses a hand reaches
The curtains open itself to the morning
If you are here, birds are happy on trees
All the flowers have different color, smell differently
It is so real that you exist
Your beauty hits my shores wave by wave
If I hold your hand, the pleasure makes my inside feel weird
I feel dizzy when your eyes touches to mines
Your smile is the only thing remained from a summer
Your absence is that too, whatever death...
You, the one that flowers grow where you step
Always the most beautiful, unique in everywhere
You the leaf, the bubble, you the feather...
You the big sea that my love rivers flow
Ümit Yaşar Oğuzcan
Grand Bazaar Nargile
Teşekkur ederim... Gulé gulé
In the Heart
In the Wings
In the Hand
In the Neck
In the Laugh
In the Tongue
Garden of Eden