Deixo-vos os melhores votos de Boas Festas... com Achmed, the Dead Terrorist!
Escrevi sobre o fim do mito no ido mês de Abril do ano que presentemente chega ao fim...
Hoje escrevo sobre o fim do fim do mito...
A verdade nua e crua é só uma e é triste
(acho que é por isso que não pára de chover à uma semana em Bucareste)
os O-zone terminaram... acabaram os numa numa ei... o dragostei din tei... o despre tine... o nu respunde sms... o la ro la ro lei...
Como é que se descobre tal notícia chocante?
Num sábado de manhã, numa casa romena, onde o anfitrião liga o rádio aparece na sala a dançar e pergunta "do you know this?!? New song from o-zone, not o-zone, singer from o-zone"
(as minhas conversas com o Brandiburu em inglês são sempre um fartote!!)
e foi assim, que tomei conhecimento que um dos membros do falecido grupo o-zone voltou ao mundo da música, mas numa carreira a solo.
Apresento-vos, caros leitores sedentos de musica romanest,
Crazy Loop by Dan Balan!
... é o desespero ou a loucura ou a gargalhada pegada!
Todos os dias de manhã apanho o metro em Obor, estação de metro perto da minha casa, saio na estação da Piaţa Victoriei e troco de linha em direção à Piaţa Unirii.
As estações são enormes, mas o conceito de mobilidade foi a modos que esquecido...
Ontem, segunda de manhã sonolenta, cheguei à Piaţa Victoriei e qual não é o meu espanto quando fico parada... no verdadeiro sentido da palavra, porque as pessoas que desciam não deixavam subir as pessoas que subiam e as pessoas que subiam não deixavam descer as pessoas que desciam... uff! Complicado...
A coisa até se compunha, se no momento em que o meu metro chegou não tivesse chegado o que vem em sentido contrário e não tivessem chegado os da linha azul...
E eu ali, parada, com os olhos arregalados, a tentar não ficar de boca aberta porque era chato, a sorrir quando comecei a ver braços esticadinhos a tirar fotografias à massa de gente que se tentava deslocar ora escada acima ora escada a baixo. De doidos!
Ao menos despertei... o sono que sentia desapareceu escada acima onde eu não o consegui alcançar, os olhos deixaram de ter uma fenda pálpebral de 5mm, tirei os óculos escuros e os fones dos ouvidos... esquece a músiquinha... atenta aos romenos que berravam e cuja linguagem eu entendia na perfeição... ou o sono aperfeiçoou o meu romeno ou ele está realmente "bonzinho"...
"dar e ilogic"
"mai rare che metrou"
"dreapta a sos, stanga a jus... ve rog frumos"
Eh lá... a loucura estava instalada... os metros continuavam a chegar, as pessoas continuavam a mover-se em passo de caracol, um único romeno bom samaritano subia e descia as escadas a gritar ordens e a ajudar o fluxo de pessoas, braços desconhecidos no meio da multidão continuavam a flashar a massa humana. E eu ali... piquinina... com uma vontade de rir dificilmente controlável... Só não berrei "cheguei ao primeiro degrau" quando cheguei ao primeiro degrau porque ninguém me iria entender...
Moral da história: percurso que normalmente faço em 30min fiz em 55min e fiquei 20min a andar a passo de caracol a observar o movimento ascendente e descendente da massa humana bucarestense pela manhã.
TiR!!
Raşnov,
permanece imponente no topo duma colina íngreme observando a longa e vasta planície em baixo.
A citadela foi construída no século XII pelos Cavaleiros Teutónicos como protecção contra as invasões Tártaras e anos mais tarde contra as Turcas. Durante anos abrigou a população da cidade que antes se encontrava no fundo da colina.
Na realidade, quase após o final da sua construção, no ano de 1335, a fortaleza sofreu o seu primeiro ataque Tártaro.
Até 1850, a fortaleza permaneceu em funcionamento sendo depois abandonada com o objectivo de se transformar em ruínas perdidas no topo duma colina.
A experiência de caminhar entre os muros de Raşnov é memorável e por momentos quase se viaja no tempo, não fossem os sinais modernos e os trauseuntes visitantes com as suas máquinas fotográficas...
A vista das muralhas é impressionante, num dia de sol, passear pelas muralhas, entrar nos varandins e olhar para as Montanhas Piatra Craiului... é de ficar sem respirar...
A citadela tinha um sistema de abastecimento de água rudimentar que se resumia a um poço com uma profundidade de 146m.
Foi escavado e construido por dois prisioneiros Turcos, como método de punição e como caminho para a Liberdade. Foi-lhes prometido que quando terminassem o poço seriam colocados em liberdade e poderiam regressar ao seu pais. Demoraram 17 anos mas conseguiram conquistar o bilhete de regresso à Turquia.
Perto do poço existe um museu, com uma exposição de brasões, objectos que foram recuperados da fortaleza e outros que tais.
Vale a pena uma visita prolongada numa tarde solarenga.
Dia Nacional da Roménia...
... dia em que se acendem as luzes de natal...
... incluindo a "Brad Crãciun" din Millenium Bank...
... TODOS os romenos na rua...
... quase impossível andar...
... a loucura está instalada!!!
In the Heart
In the Wings
In the Hand
In the Neck
In the Laugh
In the Tongue
Garden of Eden