Este caminho que percorro,
E não conheço;
Este caminho acidentado
Que não sei porque mereço.
Percorro-o não sabendo para onde vou,
Percorro-o não sabendo bem quem sou.
Não sei onde me levará,
Não sei onde acabará.
O que faço?
Estou perdido como sempre
Porque nesta estrada da vida
Não posso voltar atrás,
Tenho medo de ir em frente.
Mas o mais triste desta viagem
É ter de a percorrer sozinho....
By Alexander O´Neill
Psiu, vou-te contar um segredo... nunca mais vais ter que percorrer esta viagem sozinha, porque mesmo não sabendo para onde vamos, estarei sempre contigo e sempre por aqui, independentemente de qualquer "acidente" que o percurso nos reserve!
... who I miss so much.
(I went to Sighişoara and saw these beautiful purple flowers just lying peacefully and I remembered you)
I HAVE studied many times
The marble which was chiseled for me—
A boat with a furled sail at rest in a harbor.
In truth it pictures not my destination
But my life.
For love was offered me and I shrank from its disillusionment;
Sorrow knocked at my door, but I was afraid;
Ambition called to me, but I dreaded the chances.
Yet all the while I hungered for meaning in my life.
And now I know that we must lift the sail
And catch the winds of destiny
Wherever they drive the boat.
To put meaning in one’s life may end in madness,
But life without meaning is the torture
Of restlessness and vague desire—
It is a boat longing for the sea and yet afraid.
George Gray by Edgar Lee Masters
Wild nights! -- wild nights!
Wild nights -- Wild nights!
Were I with thee
Wild night should be
Our luxury!
Futile the winds
to a heart in port --
Done with a compass,
Done with the chart!
Rowing in Eden --
Ah, the sea!
Might I moor, tonight,
In thee!
Emily Dickinson - 1861
A estas horas... nada melhor que um poema cujo título é Sono!
Sono | Somn |
Noite inteira. Bailam estelas na reiva. Retiram-se no bosque e nas grutas as sendas, o capricórnio se cala. Mochos pardos se pousam como urnas nos abetos. Na obscuridade sem testemunhas tranquilizam-se as aves, o sangue, o país e as aventuras nas quais sempre se recai. Nas brisas permanece uma alma sem hoje, sem ontem. Com surdos rumores entre as árvores erguem-se séculos ardentes. Em sono o meu sangue, igual a uma onda, regressa de mim para trás, em meus pais. |
Noapte întreagă. Dăntuiesc stele în iarbă.
|
Lucian Blaga foi poeta, escritor de peças teatrais, filósofo e romeno... A descobrir...
(9 de Maio de 1985 - 6 de Maio de 1961)
Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
by Vinicius de Moraes
In the Heart
In the Wings
In the Hand
In the Neck
In the Laugh
In the Tongue
Garden of Eden